sábado, 6 de agosto de 2011

De novo em Português

Fotografia de Chris Craymer
Da memória de um sonho surge a percepção da realidade, e é quase terça. De novo. É ás terças que sinto a tua falta. Bem, na verdade começa na tardes de segunda. Vazias. Sem qualquer companhia humana, ou nenhuma que me apeteça. Nas sinto a tua falta, e devia poder riscar as tardes de segunda, e as terças e as quintas do calendário. Será que encontro, um calendário assim? Tentei sonhar com algo. Tentei sonhar que o mundo é nosso. É estranho, que posso fazer? Quando estou longe de ti sofro de doeças peculiares. O comportamento muda, e deixo de dizer coisa com coisa se não falas comigo. Quero pois, o mundo todo para mim, para depois te colocar nele. Quero sentar-me no puff, comer tuc e falar de coisas banais. Quero lutar contigo e ficar cheio de marcas. Depois eu escolhia a música, calma e descontraida, e tu contavas-me; sobre o trabalho, os colegas, a mais recente viagem, o que fosse. Depois eu fazia batido de chocolate para mim, morango para ti. Gelado de menta para ti, de novo chocolate para mim. E ficávamos, já contigo em pijama, aconchegados no sofá a ver um daqueles filmes que não são tristes, que não tªem nada de deprimente. Aqueles filmes leves bons para ver antes de ir para a cama. E ficávamos assim os dois, juntos no “fim do mundo”.  Adormecias e eu ficava a olhar para ti. Depois adormecia também, de manha acordava com um beijo teu, e decidiamos ir até ao cais. Ficávamos sentados a ver o sol nascer e reclamávamos com os prédios, as ruas, o betão e o ferro, que tinha estragado a paisagem. E nesse sonho,o sol nunca sobe e o tempo não acaba nunca.

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