sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Reading and Elections




"Suppose there are no returns,
and the candidates, one
by one, drop off in the polls,
as the voters turn away,
each to his inner persuasion.

The front-runners, the dark horses,
begin to look elsewhere,
and even the President admits
he has nothing new to say;
it is best to be silent now.

No more conventions, no donors,
no more hats in the ring;
no ghost-written speeches,
no promises we always knew
were never meant to be kept.

And something like the truth,
or what we knew by that name –
that for which no corporate
sponsor was ever offered –
takes hold of the public mind.

Each subdued and thoughtful
citizen closes his door, turns
off the news. He opens a book,
speaks quietly to his children,
begins to live once more."

Poem by John Haines 
Photo by  Luís Fabres

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dreams, Business and Politics


"Democracy, the Fat One cried -
It’s ours, you lot haven’t a clue !
We’re big, we’re the best, your way is all lies,
For only OUR vision is true.
Democracy! The Fat One yelled,
We’ve worked at it everso hard !
We’re gonna make sure our democracy stays,
And we’ll start by controlling our back yard.
First we’ll begin by stealing all your gold
 
So OUR lifestyle stays pleasantly high;
Then we’ll manipulate, cheat, to maintain firm hold
Until your hope eventually dies." 



Léo Ferré


Não sei sobre o que nos fala esta canção. Ou não saberia caso não tivesse visto a tradução. Não falo françês nem faço intençoes de apreender. Sei que gostava desta canção bem antes de ter perguntado por uma tradução. Não sabia o que cantava, mas parecia fazê-lo muito apaixonadamente. No seu rosto, na sua voz transparecia uma melancolia que entrada discreta nos mues ouvidos e ainda não acabara a música já me sentia mergulhado numa amargura que parecia tirar a cor á minha volta. As boas músicas são assim, transparentes ainda que em línguas incompreensíveis.

De resto fica a nota para este grande artista que Léo Ferré foi, na política um anarquista. Poeta, músico e anarquista, poderiamos encontrar francês mais digno?


quarta-feira, 14 de setembro de 2011



That smile, I dreamed a song about it, can't remember the words.
Let me drop that cup of honey on you. To find the one drop of water faling on your neck that makes you body shiver. And while you move, I take the chance to dance with you. Now it's the passion that drives us.  Show me those beautiful eyes of yours, open that gentle heart to me. 


Echoes

One of those songs that doesn't need comments.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

E no regresso, nada mudou..

Após uma semana de ausência custa-me voltar e ver que nada mudou. Numa passagem por sites e blogues nos meus favoritos descubro que tudo se mantém mais ao menos o mesmo. Pergunto-me se algo mudaria num ano? Bem, a bancarrota talvez venha, mas excepto isso. Uma semana fora e ao voltar leio, Von Trier continua a ser perseguido por essa polícia do anti-semitismo, apenas porque referiu que todos temos um nazi dentro de nós. Estes ódios irracionais não levam a nenhum lado excepto os bolsos cheios destes cães de escândalos, destes ditos cruzados da moral.
Para aprofundar este tema, aconselho a visualização deste vídeo.
Continuando pelas notícias, e sem querer referir economia, finanças ou esse pedinte desesperado em que Muammar al-Gaddafse tornou, Strauss-Khan safou-se das acusações. Ou melhor, legalmente nem chegou a ser acusado, charges dropped. Isto num país que não sabe lidar com a sexualidade, um país onde foi lançada uma abominação chamada "teen's health- course3", onde se advoga que o sexo é mau para a saúde, que adolescentes responsáveis não têm relações sexuais antes do casamento. Isto só poderia vir de um grupo aqueles odiosos conservadores americanos, louvados sejam por terem criado um país onde um presidente quase foi despedido por ter tido relações consensuais com uma mulher adulta, onde em ambientes formais não se atreva alguém a dizer a outra pessoa que se gosta do seu vestido, ou numa praia aí do bebé ou cirança com os seus dois, três anos que não tenha o bikini completo. Por outro lado, é um país onde existem qualquer coisa como um milhão de gravidezes indesejadas na adolescencia por ano, onde a grande maioria dos jovens têm relações sexuais antes do casamento, um país em que a indústria músical vive obcecada com icons sexuais, onde a pronografia involve as maiores aberrações cilindricas a serem enfiadas pelos orifícios mais implausíveis, este país que não consegue conceber uma relação sexual que advém do romance adolescente, porque por lado é tudo uma questão de status, de imagem, e o sentimento genuino lá vai ficando, que já nem as crianças o podem ter. É o país dos escândalos, onde se escolhem presidentes pelo sorriso e onde qualquer coisa é motivo para processar alguém. Neste tão grande país onde uma mulher foi violada e o criminoso se safou sem sequer ser oficialmente acusado.
E agora os dez anos dos atentados, do 11 de Setembro. Do dia em que o mais desenvolvido país no mundo reagiu como sempre reage, como barbaros reagem, com guerra e o fanatismo nacionalista que assegourou novo mandato ao Bush. Porque não ardem as matas certas por aqueles lados?
E se o fim do sonho europeu veio com Hittler, também o sonho americano acabou definitivamente com o 11 de Setembro. Nação de bárbaros que foram combater outros bárbaros ainda. Uns usam o vermelho e azul, outros o verde. É o mesmo. Que fique registado as bestas, os bárbaros que somos. Todos. E essas ecepções raras, precisamente por serem melhor de espírito, nunca chegaram a líderes. Estamos condenados e sobre os EUA não mais falarei hoje.
Fiquemos com boas notícias, os Dead Combo vão até ao leste em Outubro, Praga e depois Budapeste, boa sorte a eles.